Olá querido leitores!
Por enquanto que não começaram minhas aulas, ainda tenho um tempinho de escrever por aqui.
Na verdade estou conseguindo me adaptar melhor a minha nova rotina, e aos poucos vou organizando meu tempo pra voltar a fazer as coisas que eu gosto e escrever é a principal delas.
Recebi um comentário no post passado que mexeu muito comigo, uma moça que acompanha meu blog a um tempo, a Fabi, a qual acabou virando minha amiga. Ela mesmo sem me conhecer, quando soube de tudo o que aconteceu comigo, me ajudou bastante com palavras de fé, ânimo e amor, pois havia passado pelo mesmo que eu passei. Fico feliz em poder compartilhar experiências minhas e assim também aprender com quem passa por aqui. Tenho certeza que Deus usou essa minha leitora pra me dar forças quando mais precisei.
Hoje vou falar sobre a "perda do título" e de como eu lidei com tudo isso. No começo meu sentimento foi de dor, muita dor, falta de fazer a obra de Deus na casa dele, falta de tudo das mínimas coisas, como chorei. Acredito que só não entrei em depressão porque me apeguei muito a Deus, por vezes no trabalho segurava minhas lágrimas e até perguntava pra Deus por que estava ali, no meio daquelas pessoas. Sentia falta de estar ao lado do meu esposo na igreja, de cuidar das pessoas, de evangelizar. Por um certo tempo minha sensação de perda era como de um ente querido, uma dor muito forte, sensação de luto mesmo. Meu esposo também sofreu de mais, nos primeiros dias o via abatido, como nunca havia visto antes. Parecia que nossas vidas tinham sido apagadas, nos sonhos destruídos e tudo que restava era a incerteza, sem saber do que estava por vir.
Na igreja assumimos o papel de ovelha,e procuramos buscar mais do que nunca. Não importava o que pensavam de nós, permanecíamos firmes, apesar dos olhares estranhos, do afastamento de certas pessoas, não deixamos que isso nos atingisse. Hoje sete meses após voltarmos, compreendo que não perdemos nosso ministério, mudamos de posição, sim, mas não de Senhor. E vemos o quanto a misericórdia de Deus cobriu as nossas vidas. Ele não nos deixou só nenhum um minuto sequer, Ele cuidou para que estivéssemos bem, Ele supriu todas as nossas necessidades. Estamos vivendo milagres todos esses meses. Encontrei um emprego temporário e fui contratada fixa em janeiro. Pagamos todas as nossas dívidas mês passado, meu esposo está trabalhando como corretor sem nunca ter experiência na área e Deus abriu as portas de tal maneira que ele já fechou três vendas em apenas um mês. Sou grata a Deus por tudo o que Ele tem feito em nossas vidas. E meu compromisso é serví-lo dando meu bom testemunho no trabalho, fazendo o meu melhor, por que sei que ali também tem almas a serem ganhas e Deus pode me usar pra isso. Tudo o que mais quero é ser um instrumento dele onde quer que eu for para levar a sua palavra não só com letra mais com atitudes. Sei que Deus tem preparado coisas grandiosas pra mim, após passar esse deserto estamos mais fortes, mais humildes, mais quebrantados porque é assim que Deus faz, sempre age em nosso favor. Pra Ele não importa o que fazemos e sim quem somos. Não importa o título que temos e sim nosso caráter diante dele.